LOUZADA, Janaina Godinho. Plasma Rico em Plaquetas e m e quinos : obte nção e
efeito sobre a proliferação celular de células-tronco me s e nquimais in vitro. p.
Dissertação (Mestrado em Patologia e Ciências Clínicas, Medicina Veterinária). Instituto
de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2018.
O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é um concentrado de plaquetas obtido por meio de
uma metodologia simples, com boa relação custo-benefício para obter altas concentrações
de fatores de crescimento a partir das plaquetas, que possuem propriedades regenerativas,
com ação sobre a angiogênese, proliferação e migração celular. Atualmente o PRP é
utilizado na medicina equina como produto autólogo terapêutico, principalmente no
tratamento de fraturas ósseas, tendinites, desmites, artropatias e feridas cutâneas. As
células-tronco estão presentes em todos os tecidos e órgãos, tendo como função primária
a reposição de células perdidas durante o desgaste normal. Elas também estão envolvidas
no reparo de tecidos lesionados por doenças e traumas e são, cada vez mais, objeto de
estudo e de utilização na medicina equina para tratamentos diversos, visando a
regeneração celular, permitindo desta forma recuperações acima da média de tratamentos
habituais, onde o retorno à atividade atlética do equino é a principal finalidade de sua
utilização. A associação de PRP e células-tronco tem sido cada vez mais empregada em
lesões ósseas, ligamentares e tendíneas de forma a obter-se regeneração celular em tais
lesões. Vários protocolos para obtenção de PRP têm sido propostos e citados na literatura
e isso dificulta a escolha do protocolo mais adequado. Tentando encontrar um PRP com
maior concentração plaquetária, demos início ao nosso estudo, onde a partir da avaliação
de cinco protocolos citados em literatura e um determinado em nosso laboratório,
seleciona mos um que atendeu a esse requisito. Após a obtenção do protocolo de PRP,
avaliamos o efeito do PRP e do Plasma Pobre em Plaquetas (PPP) em cocultivo com
células-tronco mesenquimais obtidas de tecido adiposo equino (MSCs), a fim de
avaliarmos seu possível efeito sobre a proliferação celular das mesmas. Obtivemos um
PRP com contagem plaquetária dez vezes o valor médio basal inicial, sendo o protocolo
mais eficiente em concentras plaquetas. Não conseguimos replicar os resultados obtidos
em outros laboratórios, indicando a necessidade do desenvolvimento de protocolos
adequados para cada laboratório. Diferentes concentrações de PRP e PPP influencia ra m
a proliferação celular de células-tronco mesenquimais obtidas de tecido adiposo equino.
A morfologia fibroblastoide das MSCs foi mantida no cultivo com acréscimo de 2 % de
PRP ao meio de cultivo. O PRP na concentração de 2% não inibiu a proliferação celular
de MSCs in vitro e ainda manteve suas características morfológicas iniciais.
Palavras-chave: PRP, células-tronco, equino.